Certificação de fábricas otimiza controle de qualidade de fósforos importados

Desde 2009, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) avalia a conformidade de fósforos de segurança. No caso de importação, as análises normalmente são feitas por amostragem em cada um dos lotes importados. Caso as amostras estejam fora da especificação todos os fósforos do mesmo lote devem ser incinerados ou devolvidos ao país de origem. A verificação dos fósforos importados, no entanto, pode ser feita com uma avaliação anual do sistema da Qualidade da fábrica de origem e coletas trimestrais no comércio nacional. A alternativa é permitida por portaria do Inmetro, órgão regulamentador do produto, e dispensa o controle por lote, garantindo que a qualidade do produto e da produção, uma vez certificada, será mantida.

– Esse tipo de certificação de fábrica favorece grandes importadores, uma vez que, verificada, assegurada e mantida a qualidade do processo produtivo e do produto, a importação pode ser feita em grandes volumes e com maior frequência. Por outro lado evitam-se os riscos enfrentados na certificação lote a lote de adquirir um produto de qualidade inconstante e não garantida. Outra vantagem é a confiabilidade no fornecedor, afiançada pela certificação de fábrica. – explica Rosana Esteves, auditora da área de certificação do INT.

Essa mudança de escala aconteceu com a empresa Flamme Comércio, Importação e Exportação de Fósforos de Segurança LTDA, sediada em Natal (RN). Após utilizar a certificação lote a lote, sendo um dos primeiros clientes do Organismo Certificador de Produtos (OCP) do INT para esse produto, a empresa decidiu adotar a certificação da fábrica contratada, sediada na Índia. Além da avaliação no local, o produto foi aprovado em ensaios específicos no Laboratório de Ensaios de Produtos do INT, acreditado pelo Inmetro, garantindo a licença para sua entrada no Brasil.

– A importância do INT para o nosso negócio foi fundamental para ampliarmos a parceria. Com a vasta experiência e o excelente atendimento do Instituto, conseguimos aperfeiçoar a inserção do nosso produto no mercado nacional, que tem ótima qualidade e preço bastante competitivo. Tudo isso porque o INT acreditou no processo de certificação da indústria de origem – relata o empresário Thelis Botelho, sócio-diretor da Flamme.

Atualmente, a empresa, que importava fósforos de 12 indústrias de menor porte, com o modelo de certificação lote a lote, concentrou sua importação em uma única grande fábrica, que hoje tem não somente a certificação para o mercado brasileiro, mas também para entrada na Comunidade Europeia. 

- Os resultados superaram as expectativas, aumentamos a segurança em relação ao produto, reduzimos o tempo e o custo. Como empresário, fico muito feliz de ter tido esse suporte e de ver um órgão público que de fato funciona em nosso pais – avalia Thelis Botelho.